Há três meses fui em busca de agências de intercâmbio que me oferecessem possibilidades acessíveis para morar um ano em outro país. Logo de cara, a opção de ir para os Estados Unidos já ficou de fora porque eu não me encaixava no perfil exigido pelo programa, ou seja, você precisa ser universitário para poder ir, e eu já vou formar no fim do ano. A segunda possibilidade que me apresentaram foi a Nova Zelândia, que por sinal me encantei na hora por ser um país lindo. Mas logo me desanimei porque como o meu nível de inglês não é avançado eu provavelmente só conseguiria arranjar um emprego na área rural, catando frutas oito horas por dia.
Depois dessas duas possibilidades que não me atenderam, descobri que a maioria dos países só recebiam estrangeiros para estudar e não permitiam que o mesmo trabalha-se. Notícia que me desanimou muito porque o investimento feito nesse caso é alto e eu não teria como conseguir o retorno desse dinheiro.
Por um tempo fiquei desanimada e cheguei a desistir da viagem, mas a agência Argos Intercâmbio me ofereceu um programa que encaixava direitinho no que eu queria. O destino era a Irlanda, terra do U2 e um ótimo país para receber estrangeiros, principalmente os brasileiros. Além disso, foi considerado o país com melhor qualidade de vida do mundo.
Pois bem, decidido o país chegou a hora de olhar o investimento. Escolhi um programa que tem duração de um ano, sendo que nos seis primeiros meses é permitido que eu estude (4 horas) e trabalhe (4 horas), e nos outros seis meses é permitido trabalhar em horário integral ou apenas férias. O investimento total sairia em torno de R$12.500, incluindo passagem, duas semanas de hospedagem, o curso todo pago, seguro de saúde e os 1.000 euros exigidos para você entrar no país.
No início quando vi o valor me assustei, mas quando comecei a fazer os cálculos percebi que esse programa garantia que eu conseguisse o retorno total do investimento feito. Isso porque o salário mínimo lá é de 8 euros/hora, ou seja, se eu conseguir um emprego como glass collector (catador de copos em bares – lá existem mais de 1.000 pubs), o pior emprego que existe lá, eu conseguiria juntar 640 euros por mês, que nos primeiros seis meses daria 3840 euros. Nos outros seis meses, trabalhando 8 horas por dia eu juntaria, 1280 euros por mês, que somando mais os seis meses restantes daria 7680 euros. No total eu teria 11.520 euros, que em reais é R$ 32.832 (valor calculado com o euro valendo R$2,85).
O valor total calculado não inclui as despesas que você terá quando estiver lá, como acomodação, alimentação, transporte, lazer. Acredito que o valor deva cair pela metade, se você tiver moderação com os seus gastos, mas mesmo assim acredito que vale a pena investir na Irlanda. Pra mim só falta conseguir juntar o valor necessário para poder partir.
Para quem se interessou e quiser saber um pouco mais sobre a Irlanda, o site
http://www.brasilforall.com/ é uma ótima opção, pois lá você vai encontrar dicas sobre acomodação, alimentação, trabalho, imigração e etc.